quinta-feira, 17 de abril de 2014

Governos mundiais reconhecem surgimento do terceiro sexo Adeptos do “sexo neutro” dizem não ser nem homem nem mulher


Existe algum gênero além de homem e mulher? Durante séculos diferentes sociedades humanas não o reconheciam. Contudo, nos últimos anos um movimento que busca esse reconhecimento tomou força em diversos países e agora tenta se estabelecer no Brasil.
O psicanalista brasileiro Pedro Paulo Ceccarelli, doutor em Psicopatologia Fundamental e Psicanálise pela Universidade de Paris, afirmou em entrevista ao portal IG, que a discussão sobre a definição deste termo precisa se tornar mais clara para todos. “O gênero é uma construção social, onde homem e mulher têm papeis distintos, não tem nada a ver com macho e fêmea, que é algo biológico. Esse entendimento é recente, algo que é debatido há apenas 20 anos”, defende.
Já o psiquiatra Alexandre Saadeh, coordenador do Ambulatório de Transtorno de Identidade de Gênero e Orientação Sexual do Hospital das Clínicas de São Paulo, explica que o gênero neutro propõe mais possibilidades para a sexualidade. “A pessoa gênero neutro acabaria, de certa forma, se liberando nas questões sexuais, fazendo sexo com homens e mulheres. Porque ela seria mais aberta a questões de gênero”.
No Brasil já existem pessoas procurando esse reconhecimento legalmente, sempre apoiados por movimentos LGBTS. O argumento em todas as cortes de justiça é o mesmo: Direitos Humanos.
Para quem considera esse tipo de debate sem sentido, é bom lembrar que no início de abril, a Suprema Corte da Austrália reconheceu oficialmente o terceiro sexo. Chamados de “neutros”, eles são o resultado da luta de uma pessoa que se identifica como Norrie, que nasceu homem, fez uma cirurgia de mudança de sexo e mesmo assim disse não se “encaixar”.

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