Embora nem todo árabe seja muçulmano,
durante séculos o chamado Mundo Árabe reuniu a maior parte dos seguidores de
Maomé do planeta. O último grande império a levar a mensagem de submissão a Alá
foi o Otomano, cuja sede ficava na atual Turquia.
Foi
justamente a capital Istambul que hospedou o que está sendo chamado por
especialistas em profecias bíblicas de “Confederação do Anticristo”. O
sheik Yusuf al-Qaradawi, presidente da União Internacional de Sábios
Muçulmanos, que representa o maior grupo de estudiosos muçulmanos em todo o
mundo, anunciou: “Diferentemente de como era no passado, o califado dos dias de
hoje deve ser estabelecido através de uma série de Estados, governados pela
sharia [lei islâmica], e apoiado por autoridades e o povo na forma de uma
federação ou confederação”.
Liderados
por Qaradawi, estão estabelecendo segundo a teologia islâmica, a formação de
uma confederação futura de nações muçulmanas que serão criadas e estarão
centrada na terra do califado muçulmano na Turquia, antiga Pérgamo na Bíblia.
Um dos centros desse pensamento é a chegada iminente do grande Mahdi,
pensamento disseminado nos últimos anos em diferentes países.
Uma
pesquisa do Instituto Pew Research afirma que dois terços dos muçulmanos
que vivem no planeta esperam que o Mahdi venha logo. Para a
maioria deles, o Mahdi será o último imã profeta islâmico, que viria para unir
todos os muçulmanos fiéis, governar o mundo e derrotar os inimigos dos que
servem a Alá. A expectativa é mais difundida no Afeganistão (83%), Iraque
(72%), Tunísia (67%), Turquia (68%) e Malásia (62%).
O que está sendo anunciando parece o
cumprimento da profecia de uma confederação de dez nações, mencionada em quatro
conhecidas passagens das Escrituras (Daniel 2: 31-35, 40-45, 7: 7-8, 19-24;
Apocalipse 13: 1-2, 17: 3, 7, 12-16). Somente com o tempo será possível
determinar se esse é um grande passo na preparação de uma confederação que dará
o poder ao Anticristo. Para os especialistas, a confederação desses dez reinos
será um aspecto importante da situação política do fim dos tempos.
O
crescimento do movimento dos terroristas do Estado Islâmico estabeleceu um
perigoso precedente, “ressuscitando” a ideia de um califado que estava extinta
havia quase um século. Até o momento não há notícias do EI agindo na Turquia,
mas para os estudiosos, o alerta de Apocalipse 2: 12-13 é que naquele país está
o “trono de Satanás”. Um dos próximos passos esperados será a Turquia
invadir o Egito (Daniel 11:42). Afinal, o sheik é um dos líderes
espirituais do movimento “Irmandade Muçulmana” que foi deposta do governo
egípcio recentemente.
Qaradawi
deu uma longa entrevista à agência de notícias turca “Anatolia” sobre o assunto, onde afirmou: “Há
países grandes como a China, que tem uma população de cerca de 1,5 bilhão de
pessoas. Segundo as estatísticas, nesse momento o número de muçulmanos no mundo
chegaria perto de 1,7 bilhão. Portanto, não podemos desprezar a ideia de formar
uma União”.
Disse ainda que “grupos militantes
como o EI que aparecem entre os muçulmanos é resultado da corrupção pelos
governantes seculares. Os jovens muçulmanos acreditam que estão lutando
pela causa de Deus, mas o que esses movimentos representam ainda é um grande
problema que o novo califado da Turquia vai resolver “. Acrescentou que “a
sucessão anunciada pelo Estado Islâmico (ex-ISIS) no Iraque e Síria não
satisfazem as condições exigidas para ser um Califado global”.
Qaradawi
finalizou lembrando algumas promessas do Alcorão e disse veementemente que um
“exército angelical em breve descerá sobre a terra” quando do estabelecimento
do Califado na Turquia. “As hostes angelicais descerão [à terra] na mesmo
espírito por ordem do seu Senhor. A paz estará feita até o romper da
Estrela da Manhã” (Q 97). Em textos como Isaías 14, esse é um título dado
a Satanás.
Estudiosos
retomam textos de Isaías 14 e Ezequiel 28, 30 e 32, que mencionam nações que
hoje são islâmicas como Filístia (Palestina) o Sudão (Cuxe) e estados
norte-africanos (Pute), Lídia (Turquia) e toda a Arábia e Egito, além da
Assíria (Iraque – Síria), Elão (Irã) e Meseque e Tubal (Ásia menor, que inclui
os estados muçulmanos do sul da Rússia). Com informações Your
Middleeast, CII
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