sábado, 27 de setembro de 2014

O SÉTIMO DIA DA SEMANA, O SÁBADO DEVE SER OU NÃO GUARDADO PELA IGREJA NA DISPENSAÇÃO GRAÇA???


O TEXTO DA MENSAGEM É Jo 1.17B; Ro 10.4; cl 2.16 e Jo 5.18
Porque a lei foi dada por Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo” (Jo 1.17).
“Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê” (Rm 10.4).
“Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados. (Cl 2.16)”
“Por isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque não só quebrantava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus” (Jo 5.18).
Com base neste texto vou fazer uma reflexão no tema: O Sétimo Dia, o Sábado, Não dever Ser Guadado Pela Igreja na Dispensação Da Graça.
Mediante um minucioso exame nas Escrituras, vemos que o Senhor, no seu projeto de salvação do homem caído, em consequencia do pecado de Adão e Eva, estabeleceu sete períodos de tempos diferentes, com leis distintas em cada um deles. Na Bíblia, estes períodos são denominados de dispensações.
Em Ef 1.10 diz” De tornar a congregar em Cristo todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra.” Neste versículo citado, aparece a palavra “dispensação.”
As dispensações são: 1) inocência, é o tempo em que o homen permaneceu em obediência a Lei do Senhor. 2) Consciência: Quando o homem teve a experiência do pecado. 3) Governo humano, 4) Patriarcal, 5) Dispensação da Lei de Moisés, 6) Dispensação da Graça, é o tempo em que vivemos – o período da Igreja na terra. E a 7) Dispensação Milenial. Está será estabelecida pelo Senhor Jesus Cristo na Terra.
Agora, repito, estamos na Dispensação da Graça. Ela teve início em Cristo Jesus. Conforme Jo 1.17b que diz: “a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo.” O tempo da Dispensação da Graça, que é tempo da igreja na terra, que fora fundada pelo Senhor Jesus Cristo, já é de aproximadamente dois mil anos. Esta dispensação terá o seu fim – no regresso de Cristo Jesus a terra para estabelecer o Reino Milenial.
As leis da dispensação da graça são os vinte e sete livros do Novo testamento. Isto é, do Evangelho de Mateus ao Apocalipse. Os mandamentos ou as leis da  dispensação da Lei de Moisés que devem ser observados, guardados pela igreja, na dispensação da graça, que é regida pelo Novo testamento - estão confirmados ou repetidos nos vinte e sete livros do Novo Testamento.
Vou dar um exemplo: Em Êx 20.12 está escrito: “Honra o teu pai e a tua mãe, para que se prolongue os teus dias na terra que o Senhor, teu Deus, te dá.” Esta ordem foi escrita aos filhos dos judeus no período da Lei de  Moisés e, portanto, está confirmada no Novo testamento no Livro de Efésios 6.2,3 e outros livros – portanto, deve ser também obedecido pelos cristãos no presente período histórico.
No tocante ao sábado, alguém pode estar agora fazendo a seguinte interrogação a si mesmo: “O mandamento da guarda do sábado está confirmado no Novo Testamento para ser guardado pela igreja do presente período histórico?” A Resposta a esta pergunta é “Não” e vou explicar os porquês.
A determinação de Deus para que o povo de Israel guardasse o sábado - fora feita na dispensação Patriarcal, 1963 antes do nascimento de Jesus Cristo, momento em que o povo judeu estava peregrinando no deserto – rumo a Canãa, antes de chegar ao Monte Sinai. Esta recomendação da observação do sábado, como dia de descanso e adoração ao Senhor, aparece pela primeira vez em Êx 16.23:
“E ele disse-lhes: Isto é, o que o Senhor tem dito: Amanhã é repouso, o santo sábado do Senhor. Em primeiro momento, o Senhor fez a recomendação via oral, e posteriormente, Ele oficializou por escrito no Decálago (os dez mandamentos), conforme Êx 20.8 que diz: “Lembra-te do dia do sábado, para o santificar.”
O mandamento da observaçao do dia de sábado está na Lei de Moisés que teve início no Êxodo, isto é,  saída do povo israelita do Egito, e fim na morte e ressurreição do Senhor Jesus Cristo.
No verso dois do capítulo dois do Livro de Gênesis, está escrito que o Senhor trabalhou e descansou no sétimo dia da semana na construção do mundo. O Senhor Deus ao trabalhar e descansar no dia de sábado, nos ensina algumas coisas:
Primeira: Após um período de árdua jornada de trabalho, o homem deve descansar fisicamente para recuperar as energias consummidas nos seis dias de trabalho e consequqentemente, ter uma boa saúde. Conforme está escrito em Êx 23.12: “Seis dias farás os teus trabalhos, mas no sétimo dia descansarás, para que descanse o teu boi e o teu jumento, e para que tome alento o filho da tua escrava e o estrangeiro.
A segunda coisa que o Senhor nos ensina ao  ordenar  que os judeus guardassem o sábado, é preservar um tempo especial para devoção e comunhão com o Senhor. O Senhor Jesus por ocasião de seu ministério terreno disse: “Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus (Jo 5.17).
O motivo de naquele tempo, o Senhor determinar um dia para que o povo O adorasse, teve a finalidade de preparar o pensamento do povo judeu, para que pudesse identificar o Messias – Jesus – quando ele aparecesse em Israel, para realizar a obra de reconciliação dos pecadores com Deus.
Mas no entanto, o povo judeu negligênciou a tal  ponto no conhecimento e interpretção da Lei de Moisés, que rejeitou o Messias – quando Ele chegou ao mundo. Em João 1.11 está escrito: “Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.” Neste verso, a expressão “os seus” referem-se aos judeus.
O fato de o Senhor estabelecer lá no passado, o sétimo dia, como momento específico de adoração ao Senhor para o povo israelita, foi para servir de memorial da libertação do Egito. Em Dt 5.15 diz:
Porque te lembrarás que foste servo na terra do Egito, e que o SENHOR teu Deus te tirou dali com mão forte e braço estendido; por isso o SENHOR teu Deus te ordenou que guardasses o dia de sábado.
Este texto diz com toda luz e claridade possível, que a observação do sétimo dia, como momento de devoção ao Senhor, foi uma exclusividade para o povo de Israel, porque foi Israel quem permaneceu no cativeiro egípcio.
Senhores pregadores do evangelho do presente período histórico, que tentam convecer o povo da Dispensação da Graça, a guardar o dia de sábado como mandamento -  argumentando que, quem   assim não o fizer – está cometendo pecado e consequentemente  não terá salvação – creio que os senhores ainda não leram nas Escrituras Sagradas o texto de Dt 5.15.
A guarda do dia de sábado é para um povo que ficou no cativeiro egípcio. Faço a seguinta pergunta  aos pregadores que tentam convecer o povo a guardar o dia de sábado: Segundo Dt 5.15 quem ficou no cativeiro egípcio – O povo de Israel ou os cristãos da presente época? Se a consciência dos senhores estiver lúcida e manejarem bem os símbolos da gramática portuguesa – responderão que quem ficou no cativeiro egipcio foi o povo de Israel e, portanto, é este quem deveria observar o dia de sábado.
Conforme estabelece a Lei de Moisés, o cumprimento da guarda do sábado somente seria possível- se o judeu levantasse da cama e não se locomovesse. Em Êx 16.29 diz: “Vede, porquanto o SENHOR vos deu o sábado, portanto ele no sexto dia vos dá pão para dois dias; cada um fique no seu lugar, ninguém saia do seu lugar no sétimo dia”. A distância que o judeu – observador do sábado podia andar era aproximadamente 1000 metros. Chama-nos a atenção neste versículo a expressão: “ ninguém saia de seu lugar no sétimo dia.”
No dia de sábado, o judeu não poderia nem acender o fogo. Em Êx 35.3 diz: “Não acendereis fogo em nenhuma das vossas moradas no dia do sábado”. O alimento que era consumido no dia de sábado era preparado na sexta-feira. Hoje, quem vive segundo a Lei de Moséis, não deve acender o fogo, nem alimentar-se com alimentos preparados por outras pessoas no sábado. Senão comete o pecado de conivência.
Não pode abastecer o carro. Não pode  pagar passagem de ônibus. Não deve sepultar os mortos no sábado. Porque se assim o fizer - está cometendo o pecado de conivência, ao usufruir do serviço do coveiro e do pedreiro que prepara o túmulo para o falecido ser sepultado.
Segundo os pregadores que condenam quem trabalha no sábado, eles são contra o serviço do Siat – de recolher os corpos atropelados por carro nas ruas. Segundo o ponto de vista deles, se a pessoa for atropelada e morta no dia de sábado, o corpo deve ficar estendido na rua até o próximo dia, que é o domingo, para ser recolhido.  Que loucura! 
A policia não pode trabalhar no sábado. Nesse dia,  os infratores da Lei devem agir tranquilamente, sem ser incomodados por nenhuma autoridade.
Quem vive segundo a Lei de Moisés e prima pela guarda do dia de sábado, não deve fazer uso da energia elétrica e nem da água, pois, do outro lado, no dia de sábado, estão funcionários trabalhando para que a população usufrua desses serviços. E quem observa a guarda do dia de sábado - está cometendo o pecado de conivência, porque ele usufruiu de um serviço, que segundo o seu ponto de vista - não deve ser feito.
 Segundo estabelece a Lei de Moisés, quem trabalhava no dia de sábado deveria ser morto. Em Êx 31.14 diz: “Portanto guardareis o sábado, porque santo é para vós; aquele que o profanar certamente morrerá; porque qualquer que nele fizer alguma obra, aquela alma será eliminada do meio do seu povo.”
Conforme vemos na Bíblia Sagrada, o mandamento da observação do dia de sábado como dia de descanso e adoração ao Senhor – fez parte das dispensações Patriarcal e da Lei de Moisés, que findou a 2000 anos atrás – com a vinda do Senhor Jesus. Em Rm 10.4 diz: “Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê.”

O mandamento da  guarda  do sábado - deveria ser observado único e exclusivamente pelo povo judeu, visto que a guarda do dia de sábado, constituiu-se em um memorial (lembrança) para o povo judeu – de sua saída do Egito. Dt 5.15 diz: “Porque te lembrarás que foste servo na terra do Egito, e que o SENHOR teu Deus te tirou dali com mão forte e braço estendido; por isso o SENHOR teu Deus te ordenou que guardasses o dia de sábado”.
Jesus foi censurado, perseguido e condenado a morte pelos judeus por Ele e os discípulos trabalharem no dia de sábado. Em Jo 5.16-18 diz: “E por esta causa os judeus perseguiram a Jesus, e procuravam matá-lo, porque fazia estas coisas no sábado. E Jesus lhes respondeu: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também. Por isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque não só quebrantava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus.
Em Cl  2.16 o apóstolo Paulo disse para os judeus que acusavam os discipulos e Ele próprio de trabalhar do sábado: “Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados.”
Hoje, na Dispensação da Graça, os cristãos estão livres para adorarem a Deus e trabalharem profissionalmente de domingo a domingo - a hora que quiserem. Mas se alguém achar que deve guardar um dia específico da semana – está livre para fazer isso – todavia, sem condenar os que não guardam. Em Romanos 14.5-6 diz: “Um faz diferença entre dia e dia, mas outro julga iguais todos os dias. Cada um esteja inteiramente seguro em sua própria mente.
Aquele que faz caso do dia, para o Senhor o faz e o que não faz caso do dia para o Senhor o não faz. O que come, para o Senhor come, porque dá graças a Deus; e o que não come, para o Senhor não come, e dá graças a Deus.
Os pregadores da atualidade que condenam quem não guarda o dia de sábado – ao agirem assim, condenam a si mesmos, pois, nos vinte e sete livros do Novo Testamento, não encontramos sequer, uma ordem imperativa do Espírito Santo – através dos Escritores para guardar o dia de sábado.
Concluo esta mensagem demosntrando que segundo as Escrituras Sagradas, “na Dispensação da Graça”, período da igreja na terra – regida pelos vinte e sete livros do Novo Testamento – os cristãos estão livres para adorarem a Deus – como também exercer as suas atividades profissionais todos os dias da semana.
Na epístola aos Gálatas 4.9-10 está escrito: “9 mas agora que conheceis a Deus ou, antes, sendo conhecidos por Deus, como estais voltando, outra vez, aos rudimentos fracos e pobres, aos quais, de novo, quereis ainda escravizar-vos? 10 Guardais dias, e meses, e tempos, e anos. 11 Receio de vós tenha eu trabalhado em vão para convosco”
Neste texto de Gálatas 4. 9-11 o apóstolo Paulo inspirado pelo Espírito Santo, chama a atenção de modo exortativo, os judeus que se tornaram cristãos – mas, no entanto, estavam querendo observar- guardar os mandamentos da Lei de Moises, tais como datas especiais.
Gl 5.4 está escrito: “4 De Cristo vos desligastes, vós que procurais justificar-vos na lei; da graça decaístes.” Neste texto, Gl 5.4 – o apóstolo Paulo lhes diz que, quem é cristão, e pretende guardar- considerar os mandamentos da Lei de Moises – que não estavam confirmados no “Novo Testamento”, está separado de Cristo.
A partir da Dispensarão da Graça, que teve início com á morte e ressurreição do Senhor Jesus – o mandamento da guarda do sábado – o quarto mandamento do Decálogo Êx 20.8 - não deve ser mais guardado – observado – pois esse mandamento foi violado pelo próprio Senhor Jesus, visto quenão fazia mais sentido guardá-lo – conforme Jo 5.16-18.
Visto que – se fossemos guardar o sétimo dia  - o sábado, conforme exige a Lei de Moises, não podemos trabalhar e nem usufruir dos serviços que outras pessoas prestam no sábado - tais como:
Serviço de transporte coletivo – abastecimento de veículos nos postos de gasolina – sepultamento de falecidos em cemitério – pois quem falece na sexta-feira – não deve usufruir do serviço do coveiro e nem do pedreiro que prepara a cova – não deve usufruir da água distribuída pelos funcionários neste dia – somente deve passear 1000 metros por dia – a distância a caminhar deve ser de 500 metros de distância da casa – ou seja 500 metros de ida e 500  de volta. Não deve pagar passagem de ônibus – para não usufruir dos serviços do motorista e do cobrador. Não deve usar a energia elétrica para iluminar a casa – para não usufruir do serviço de quem distribui a energia elétrica nesse dia – não deve ligar a televisão e nem assistir nenhuma programação – a polícia não deve trabalhar nesse dia – pois os bandidos não podem ser presos – o Siat não pode recolher os corpos dos mortos e feridos em acidentes nesse dia – os  corpos devem ficar estendidos nas ruas - até chegar o próximo dia  - que é o domingo – os profissionais da saúde não pode atender os pacientes nos hospitais – se uma nação for atacada por um grupo terrorista no sábado – não deve revidar – as forças armadas do país atacado não deve fazer uso do trabalho para se defender...  e todos os demais trabalhos – dos mais simples aos mais complexos – segundo a lei de Moises – não deve ser executado no sétimo dia – o sábado.  
As leis da dispensação da graça são os vinte e sete livros do Novo testamento. Isto é, do Evangelho de Mateus ao Apocalipse. Os mandamentos da Lei de Moisés - que devem ser observados, guardados pela igreja, na dispensação da graça, que é regida pelo Novo testamento -  estão confirmados ou repetidos no Novo Testamento. Em virtude disso, o sétimo dia, o sábado – não  deve ser guardado pela igreja – na dispensação da Graça – que tivera inicio na morte e ressurreição do Senhor Jesus.

Francisco Maria






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