O TEXTO DA MENSAGEM É Jo 1.17B; Ro 10.4; cl 2.16 e Jo 5.18
“Porque a lei
foi dada por Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo” (Jo 1.17).
“Porque o fim da lei é Cristo para justiça de
todo aquele que crê” (Rm 10.4).
“Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou
pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados. (Cl
2.16)”
“Por isso, pois, os judeus ainda mais
procuravam matá-lo, porque não só quebrantava o sábado, mas também dizia que
Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus” (Jo 5.18).
Com base neste texto vou fazer uma reflexão
no tema: O Sétimo Dia, o Sábado, Não dever Ser Guadado Pela Igreja na Dispensação
Da Graça.
Mediante um minucioso exame nas Escrituras,
vemos que o Senhor, no seu projeto de salvação do homem caído, em consequencia
do pecado de Adão e Eva, estabeleceu sete períodos de tempos diferentes, com
leis distintas em cada um deles. Na Bíblia, estes períodos são denominados de
dispensações.
Em Ef 1.10 diz” De tornar a congregar em
Cristo todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que
estão nos céus como as que estão na terra.” Neste versículo citado, aparece a
palavra “dispensação.”
As dispensações são: 1) inocência, é o tempo
em que o homen permaneceu em obediência a Lei do Senhor. 2) Consciência: Quando
o homem teve a experiência do pecado. 3) Governo humano, 4) Patriarcal, 5) Dispensação
da Lei de Moisés, 6) Dispensação da Graça, é o tempo em que vivemos – o período
da Igreja na terra. E a 7) Dispensação Milenial. Está será estabelecida pelo
Senhor Jesus Cristo na Terra.
Agora, repito, estamos na Dispensação da
Graça. Ela teve início em Cristo Jesus. Conforme Jo 1.17b que diz: “a graça e a
verdade vieram por Jesus Cristo.” O tempo da Dispensação da Graça, que é tempo
da igreja na terra, que fora fundada pelo Senhor Jesus Cristo, já é de
aproximadamente dois mil anos. Esta dispensação terá o seu fim – no regresso de
Cristo Jesus a terra para estabelecer o Reino Milenial.
As leis da dispensação da graça são os vinte
e sete livros do Novo testamento. Isto é, do Evangelho de Mateus ao Apocalipse.
Os mandamentos ou as leis da dispensação
da Lei de Moisés que devem ser observados, guardados pela igreja, na
dispensação da graça, que é regida pelo Novo testamento - estão confirmados ou
repetidos nos vinte e sete livros do Novo Testamento.
Vou dar um exemplo: Em Êx 20.12 está escrito:
“Honra o teu pai e a tua mãe, para que se prolongue os teus dias na terra que o
Senhor, teu Deus, te dá.” Esta ordem foi escrita aos filhos dos judeus no
período da Lei de Moisés e, portanto,
está confirmada no Novo testamento no Livro de Efésios 6.2,3 e outros livros – portanto,
deve ser também obedecido pelos cristãos no presente período histórico.
No tocante ao sábado, alguém pode estar agora
fazendo a seguinte interrogação a si mesmo: “O mandamento da guarda do sábado
está confirmado no Novo Testamento para ser guardado pela igreja do presente
período histórico?” A Resposta a esta pergunta é “Não” e vou explicar os
porquês.
A determinação de Deus para que o povo de
Israel guardasse o sábado - fora feita na dispensação Patriarcal, 1963 antes do
nascimento de Jesus Cristo, momento em que o povo judeu estava peregrinando no
deserto – rumo a Canãa, antes de chegar ao Monte Sinai. Esta recomendação da
observação do sábado, como dia de descanso e adoração ao Senhor, aparece pela
primeira vez em Êx 16.23:
“E ele disse-lhes: Isto é, o que o Senhor tem
dito: Amanhã é repouso, o santo sábado do Senhor. Em primeiro momento, o Senhor
fez a recomendação via oral, e posteriormente, Ele oficializou por escrito no
Decálago (os dez mandamentos), conforme Êx 20.8 que diz: “Lembra-te do dia do
sábado, para o santificar.”
O mandamento da observaçao do dia de sábado
está na Lei de Moisés que teve início no Êxodo, isto é, saída do povo israelita do Egito, e fim na
morte e ressurreição do Senhor Jesus Cristo.
No verso dois do capítulo dois do Livro de
Gênesis, está escrito que o Senhor trabalhou e descansou no sétimo dia da
semana na construção do mundo. O Senhor Deus ao trabalhar e descansar no dia de
sábado, nos ensina algumas coisas:
Primeira: Após um período de árdua jornada de
trabalho, o homem deve descansar fisicamente para recuperar as energias
consummidas nos seis dias de trabalho e consequqentemente, ter uma boa saúde.
Conforme está escrito em Êx 23.12: “Seis dias farás os teus trabalhos, mas no
sétimo dia descansarás, para que descanse o teu boi e o teu jumento, e para que
tome alento o filho da tua escrava e o estrangeiro.
A segunda coisa que o Senhor nos ensina
ao ordenar que os judeus guardassem o sábado, é
preservar um tempo especial para devoção e comunhão com o Senhor. O Senhor
Jesus por ocasião de seu ministério terreno disse: “Nem só de pão viverá o
homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus (Jo 5.17).
O motivo de naquele tempo, o Senhor
determinar um dia para que o povo O adorasse, teve a finalidade de preparar o
pensamento do povo judeu, para que pudesse identificar o Messias – Jesus –
quando ele aparecesse em Israel, para realizar a obra de reconciliação dos pecadores
com Deus.
Mas no entanto, o povo judeu negligênciou a
tal ponto no conhecimento e interpretção
da Lei de Moisés, que rejeitou o Messias – quando Ele chegou ao mundo. Em João
1.11 está escrito: “Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.” Neste
verso, a expressão “os seus” referem-se aos judeus.
O fato de o Senhor estabelecer lá no passado,
o sétimo dia, como momento específico de adoração ao Senhor para o povo
israelita, foi para servir de memorial da libertação do Egito. Em Dt 5.15 diz:
“Porque
te lembrarás que foste servo na terra do Egito, e que o SENHOR teu Deus te
tirou dali com mão forte e braço estendido; por isso o SENHOR teu Deus te
ordenou que guardasses o dia de sábado.”
Este texto diz com toda luz e claridade
possível, que a observação do sétimo dia, como momento de devoção ao Senhor, foi
uma exclusividade para o povo de Israel, porque foi Israel quem permaneceu no
cativeiro egípcio.
Senhores pregadores do evangelho do presente
período histórico, que tentam convecer o povo da Dispensação da Graça, a
guardar o dia de sábado como mandamento -
argumentando que, quem assim não o fizer – está cometendo pecado e
consequentemente não terá salvação –
creio que os senhores ainda não leram nas Escrituras Sagradas o texto de Dt
5.15.
A guarda do dia de sábado é para um povo que
ficou no cativeiro egípcio. Faço a seguinta pergunta aos pregadores que tentam convecer o povo a
guardar o dia de sábado: Segundo Dt 5.15 quem ficou no cativeiro egípcio – O
povo de Israel ou os cristãos da presente época? Se a consciência dos senhores
estiver lúcida e manejarem bem os símbolos da gramática portuguesa –
responderão que quem ficou no cativeiro egipcio foi o povo de Israel e,
portanto, é este quem deveria observar o dia de sábado.
Conforme estabelece a Lei de Moisés, o
cumprimento da guarda do sábado somente seria possível- se o judeu levantasse
da cama e não se locomovesse. Em Êx 16.29 diz: “Vede, porquanto o SENHOR vos
deu o sábado, portanto ele no sexto dia vos dá pão para dois dias; cada um
fique no seu lugar, ninguém saia do seu lugar no sétimo dia”. A
distância que o judeu – observador do sábado podia andar era aproximadamente
1000 metros. Chama-nos a atenção neste versículo a expressão: “ ninguém saia de
seu lugar no sétimo dia.”
No dia de sábado, o judeu não poderia nem
acender o fogo. Em Êx 35.3 diz: “Não acendereis fogo em nenhuma das vossas
moradas no dia do sábado”. O alimento que era consumido no dia de sábado era
preparado na sexta-feira. Hoje, quem vive segundo a Lei de Moséis, não deve
acender o fogo, nem alimentar-se com alimentos preparados por outras pessoas no
sábado. Senão comete o pecado de conivência.
Não pode abastecer o carro. Não pode pagar passagem de ônibus. Não deve sepultar
os mortos no sábado. Porque se assim o fizer - está cometendo o pecado de
conivência, ao usufruir do serviço do coveiro e do pedreiro que prepara o
túmulo para o falecido ser sepultado.
Segundo os pregadores que condenam quem
trabalha no sábado, eles são contra o serviço do Siat – de recolher os corpos
atropelados por carro nas ruas. Segundo o ponto de vista deles, se a pessoa for
atropelada e morta no dia de sábado, o corpo deve ficar estendido na rua até o
próximo dia, que é o domingo, para ser recolhido. Que loucura!
A policia não pode trabalhar no sábado. Nesse
dia, os infratores da Lei devem agir
tranquilamente, sem ser incomodados por nenhuma autoridade.
Quem vive segundo a Lei de Moisés e prima
pela guarda do dia de sábado, não deve fazer uso da energia elétrica e nem da
água, pois, do outro lado, no dia de sábado, estão funcionários trabalhando
para que a população usufrua desses serviços. E quem observa a guarda do dia de
sábado - está cometendo o pecado de conivência, porque ele usufruiu de um
serviço, que segundo o seu ponto de vista - não deve ser feito.
Segundo estabelece a Lei de Moisés, quem
trabalhava no dia de sábado deveria ser morto. Em Êx 31.14 diz: “Portanto
guardareis o sábado, porque santo é para vós; aquele que o profanar certamente
morrerá; porque qualquer que nele fizer alguma obra, aquela alma
será eliminada do meio do seu povo.”
Conforme vemos na Bíblia Sagrada, o
mandamento da observação do dia de sábado como dia de descanso e adoração ao
Senhor – fez parte das dispensações Patriarcal e da Lei de Moisés, que findou a
2000 anos atrás – com a vinda do Senhor Jesus. Em Rm 10.4 diz: “Porque o fim da
lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê.”
O mandamento da guarda
do sábado - deveria ser observado único e exclusivamente pelo povo
judeu, visto que a guarda do dia de sábado, constituiu-se em um memorial
(lembrança) para o povo judeu – de sua saída do Egito. Dt 5.15 diz: “Porque te
lembrarás que foste servo na terra do Egito, e que o SENHOR teu Deus te tirou
dali com mão forte e braço estendido; por isso o SENHOR teu Deus te ordenou que
guardasses o dia de sábado”.
Jesus foi censurado, perseguido e condenado a
morte pelos judeus por Ele e os discípulos trabalharem no dia de sábado. Em Jo
5.16-18 diz: “E por esta causa os judeus perseguiram a Jesus, e procuravam
matá-lo, porque fazia estas coisas no sábado. E Jesus lhes respondeu: Meu Pai
trabalha até agora, e eu trabalho também. Por isso, pois, os judeus ainda mais
procuravam matá-lo, porque não só quebrantava o sábado, mas também dizia que
Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus.
Em Cl
2.16 o apóstolo Paulo disse para os judeus que acusavam os discipulos e
Ele próprio de trabalhar do sábado: “Portanto, ninguém vos julgue pelo comer,
ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados.”
Hoje, na Dispensação da Graça, os cristãos
estão livres para adorarem a Deus e trabalharem profissionalmente de domingo a
domingo - a hora que quiserem. Mas se alguém achar que deve guardar um dia
específico da semana – está livre para fazer isso – todavia, sem condenar os
que não guardam. Em Romanos 14.5-6 diz: “Um faz diferença entre dia e dia, mas
outro julga iguais todos os dias. Cada um esteja inteiramente seguro em sua
própria mente.
Aquele que faz caso do dia, para o Senhor o
faz e o que não faz caso do dia para o Senhor o não faz. O que come, para o
Senhor come, porque dá graças a Deus; e o que não come, para o Senhor não come,
e dá graças a Deus.
Os pregadores da atualidade que
condenam quem não guarda o dia de sábado – ao agirem assim, condenam a si
mesmos, pois, nos vinte e sete livros do Novo Testamento, não encontramos
sequer, uma ordem imperativa do Espírito Santo – através dos Escritores para
guardar o dia de sábado.
Concluo esta mensagem demosntrando que
segundo as Escrituras Sagradas, “na Dispensação da Graça”, período da igreja na
terra – regida pelos vinte e sete livros do Novo Testamento – os cristãos estão
livres para adorarem a Deus – como também exercer as suas atividades
profissionais todos os dias da semana.
Na epístola aos Gálatas 4.9-10 está escrito:
“9 mas agora que conheceis a
Deus ou, antes, sendo conhecidos por Deus, como estais voltando, outra vez, aos
rudimentos fracos e pobres, aos quais, de novo, quereis ainda escravizar-vos? 10 Guardais dias, e meses, e tempos, e anos. 11 Receio de vós tenha eu trabalhado em vão para
convosco”
Neste texto de
Gálatas 4. 9-11 o apóstolo Paulo inspirado pelo Espírito Santo, chama a atenção
de modo exortativo, os judeus que se tornaram cristãos – mas, no entanto,
estavam querendo observar- guardar os mandamentos da Lei de Moises, tais como
datas especiais.
Gl 5.4 está
escrito: “4 De Cristo vos desligastes,
vós que procurais justificar-vos na lei; da graça decaístes.” Neste texto, Gl
5.4 – o apóstolo Paulo lhes diz que, quem é cristão, e pretende guardar- considerar
os mandamentos da Lei de Moises – que não estavam confirmados no “Novo Testamento”,
está separado de Cristo.
A partir da
Dispensarão da Graça, que teve início com á morte e ressurreição do Senhor
Jesus – o mandamento da guarda do sábado – o quarto mandamento do Decálogo Êx
20.8 - não deve ser mais guardado – observado – pois esse mandamento foi
violado pelo próprio Senhor Jesus, visto que – não fazia mais
sentido guardá-lo – conforme Jo 5.16-18.
Visto que – se fossemos
guardar o sétimo dia - o sábado,
conforme exige a Lei de Moises, não podemos trabalhar e nem usufruir dos
serviços que outras pessoas prestam no sábado - tais como:
Serviço de
transporte coletivo – abastecimento de veículos nos postos de gasolina –
sepultamento de falecidos em cemitério – pois quem falece na sexta-feira – não
deve usufruir do serviço do coveiro e nem do pedreiro que prepara a cova – não
deve usufruir da água distribuída pelos funcionários neste dia – somente deve
passear 1000 metros por dia – a distância a caminhar deve ser de 500 metros de distância
da casa – ou seja 500 metros de ida e 500 de volta. Não deve pagar passagem de ônibus –
para não usufruir dos serviços do motorista e do cobrador. Não deve usar a
energia elétrica para iluminar a casa – para não usufruir do serviço de quem
distribui a energia elétrica nesse dia – não deve ligar a televisão e nem
assistir nenhuma programação – a polícia não deve trabalhar nesse dia – pois os
bandidos não podem ser presos – o Siat não pode recolher os corpos dos mortos e
feridos em acidentes nesse dia – os
corpos devem ficar estendidos nas ruas - até chegar o próximo dia - que é o domingo – os profissionais da saúde
não pode atender os pacientes nos hospitais – se uma nação for atacada por um grupo
terrorista no sábado – não deve revidar – as forças armadas do país atacado não
deve fazer uso do trabalho para se defender... e todos os demais trabalhos – dos mais simples
aos mais complexos – segundo a lei de Moises – não deve ser executado no sétimo
dia – o sábado.
As leis da dispensação da graça são os vinte
e sete livros do Novo testamento. Isto é, do Evangelho de Mateus ao Apocalipse.
Os mandamentos da Lei de Moisés - que devem ser observados, guardados pela
igreja, na dispensação da graça, que é regida pelo Novo testamento - estão confirmados ou repetidos no Novo
Testamento. Em virtude disso, o sétimo dia, o sábado – não deve ser guardado pela igreja – na dispensação
da Graça – que tivera inicio na morte e ressurreição do Senhor Jesus.
Francisco Maria
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