Sharia já é vigente em 12 dos 36 estados da Nigéria.
A Arquidiocese de Kafanchan divulgou esta semana que os últimos
ataques no sul do estado de Kaduna, Nigéria, resultou em mais de 800
mortos. Cinquenta e três aldeias foram invadidas por soldados islâmicos,
da etnia fulani.
As autoridades reconhecem que falharam em
proteger os habitantes locais, mas não anunciaram que providencias
tomariam. Durante uma coletiva de imprensa, Ibrahim Yakubu, responsável
pela arquidiocese e quatro outros padres apresentaram um relatório
completo, mostrando que foram invadidas 1422 casas e destruídas 16
igrejas, além de uma escola primária cristã. Ao total, morreram 808
pessoas e mais 57 ficaram feridos.
Ao jornal The National,
Yakubu pediu que todas as famílias que perderam entes queridos ou
propriedade recebessem algum tipo de compensação e que seja criada uma
comissão oficial para investigar os casos.
Já o senador Sani
Shehu, reclamou que o estado de Kaduna esteja se transformando em “um
matadouro e um cemitério onde vidas humanas não tem valor”. Ele afirmou
que já requisitou a presença de forças de segurança em todas as aldeias
para evitar novos ataques.
O país é governado pelo muçulmano
Muhammadu Buhari, que desde que assumiu o poder não tomou nenhuma medida
eficaz no combate ao extremismo.
Aumento da perseguição
A Nigéria vem experimentando um aumento constante da perseguição aos
cristãos. A ascensão do grupo terrorista islâmico Boko Haran gerou uma
grande crise no norte do país. Agora, no sul são os fulani que atacam e
matam pessoas por causa da religião.
“De 2006 a 2014, mais de 12
mil cristãos foram mortos, cerca de 2 mil igrejas destruídas e 1,4
milhões de pessoas deslocadas na Nigéria”, assegura o nigeriano Joseph
D. Bagobiri, que trabalha com a Organização Ajuda à Igreja que Sofre
(AIS).
Ele deixou claro que nos últimos três meses, mais da metade
do territórios do Estado de Kaduna vivenciou uma onda de ataques
terroristas islâmicos. Apesar de serem na maioria pastores de gado, os
fulani usam armas sofisticadas, o que mostra que estão sendo orientados e
possivelmente patrocinados por outros grupos extremistas.
Bagobiri
lamentou que a perseguição religiosa na Nigéria “não recebe o mesmo
grau de atenção internacional reservado, por exemplo, ao Oriente Médio”.
Lembrou que hoje, a lei Sharia já é vigente em 12 dos 36 estados da
Nigéria.
A lei religiosa islâmica inocenta muçulmanos que matam
cristãos, justificando que eles cometem “blasfêmia” por seguirem a Jesus
e não a Maomé.
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