quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Trump ameaça cortar ajuda a membros da ONU por votação sobre Jerusalém

Assembleia Geral realizará uma rara sessão especial de emergência, a pedido dos países árabes e muçulmanos. 'Nós estamos observando esses votos', afirmou presidente dos EUA.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou nesta quarta-feira (20) cortar a ajuda financeira aos países que votarem a favor de um projeto de resolução da Organização das Nações Unidas contra sua decisão dereconhecer Jerusalém como a capital de Israel.
"Eles tomam centenas de milhões de dólares e até bilhões de dólares, e depois eles votam contra nós. Bem, nós estamos observando esses votos. Deixe-os votar contra nós. Nós vamos economizar muito. Nós não nos importamos", disse Trump a repórteres na Casa Branca.
A Assembleia-Geral da ONU de 193 membros realizará uma rara sessão especial de emergência na quinta-feira – a pedido de países árabes e muçulmanos – para votar em um esboço de resolução, que foi vetado pelos Estados Unidos na segunda-feira no Conselho de Segurança da ONU, de 15 membros.
Os 14 membros restantes do Conselho de Segurança votaram a favor da resolução esboçada pelo Egito, que não mencionou especificamente os Estados Unidos ou Trump, mas expressou “profundo desapontamento com decisões recentes acerca do status de Jerusalém”.
A embaixadora dos EUA na ONU, Nikki Haley, em uma carta a dezenas de Estados da ONU na terça-feira vista pela Reuters, alertou que Trump havia lhe pedido para “relatar sobre os países que votaram contra nós”.
Ela ecoou sem rodeios este pedido em uma publicação no Twitter: “Os EUA irão anotar nomes”.
Diversos diplomatas seniores disseram que o alerta de Haley não deve alterar muitos votos na Assembleia Geral, onde tais ameaças públicas e diretas são raras.
Miroslav Lajcak, presidente da Assembleia Geral, se negou a comentar sobre as afirmações de Trump, mas acrescentou: “É direito e responsabilidade dos Estados membros expressarem suas opiniões”.
Um porta-voz do secretário-geral da ONU, António Guterres, também se negou a comentar nesta quarta-feira sobre as afirmações de Trump.
“Eu gosto da mensagem que Nikki enviou ontem nas Nações Unidas, para todas aquelas nações que recebem nosso dinheiro e então votam contra nós no Conselho de Segurança, ou votam contra nós possivelmente na assembleia”, disse Trump.

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