Observatório Sírio para os Direitos Humanos faz denúncias alarmantes
As forças militares da Turquia que invadiram o norte da Síria e ataca os curdos na região de Afrin estão repetindo o modus operandis
do Estado Islâmico. Aliados a milícias jihadistas que já estavam em
solo sírio, em meio a seus ataques e conquista de território, exigem que
os cristãos curdos que vivem na região se convertam ao islamismo ou
tenham “suas cabeças arrancadas”.
A menção à decapitação,
aliado aos gritos de Allahu Akbar, mostrado em um vídeo divulgado agora
pelo Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), mostra que
eles tratam todos os não islâmicos como “infiéis”.
As comunicações na região são censuradas, por isso muitas informações
não vêm sendo divulgadas pela mídia, mas existem diversos vídeos sobre
isso nas redes sociais. Alguns mostram pessoas sendo agredidas por serem
questionadas quantas vezes por dia oram e não dizerem “5”, o número
mínimo no islã.
Rami Abdulrahman, que dirige o OSDH, explica que existem
muitas informações desencontradas, mas as ameaças também valem para as
aldeias Yazidi em Afrin que já foram tomadas pelas forças turcas.
Existem
relatos de assassinatos em massa na região, e grupos de defesa de
cristãos estão fazendo apelos para que algo seja feito para impedir um
novo genocídio.
Johannes de Jong, diretor da Sallux – fundação política
europeia que luta pela liberdade religiosa – conta que “A Turquia
invadiu Afrin com suas milícias e a cidade está sob cerco, existe entre
300.000 a 500.000 pessoas cercadas e correndo perigo”.
Ele
disse que receberam filmagens alarmantes, de jihadistas saqueando as
casas dos cristãos e ameaçando decapitar qualquer um que não se
converta. Para a mídia, o governo turco afirma que sua operação é para
acabar com focos de “grupos terroristas”, embora não tenha oferecido
nenhuma prova sobre as atividades dos curdos nesse sentido.
Os
curdos são uma força política na Turquia, sendo que o seu Partido dos
Trabalhadores do Curdistão (PKK) faz oposição ao “califa” Erdogan, que
já deu mostras que irá aniquilar todo tipo de resistências aos seus
planos de islamizar de vez o país, sempre aludindo à “glória perdida” do
Império Otomano para justificar seus atos de guerra.
Ramo de Oliveira
A operação “Ramo de Oliveira” foi lançada por ordens de Erdogan em 20 de janeiro. O objetivo é conquistar Afrin, uma das três regiões semiautônomas curdas (as outras são Jazira e Eufrates) que formam o Curdistão Ocidental.
Ancara teme que após o fim da guerra na Síria, os curdos
exijam sua independência como nação. Além disso, passa por Afrin o
caminho até Alepo (60 Km a Sul). A região tem o valor simbólico de ter
sido cenário de uma das últimas derrotas do Império Otomano.
O
regime de Bashar Al-Assad permitiu a entrada das forças turcas, que
pretendem criar no norte da Síria uma “zona-tampão”, que serviria para
abrigar os 3,5 milhões de sírios que fugiram da guerra e se refugiaram
na Turquia. Com informações Breaking Israel News
Nenhum comentário:
Postar um comentário