Destruição de Israel é a “prioridade do mundo islâmico”, afirmam líderes religiosos
Depois da chamada “Revolução de 1979”, que transformou o país numa
ditadura islâmica, o Irã sempre defende a destruição de Israel com base
na exortação do Alcorão: “Matai-os [os infiéis] onde quer que os
encontreis e expulsai-os de onde vos expulsaram”. Uma das maneiras de
manter vivo esse discurso é a promoção anual do Dia de Al Quds, palavra
árabe que significa “A Santa”, a maneira como os muçulmanos chamam
Jerusalém.
Como todo ano, a parada realizada na capital Teerã, coincidiu com o
encerramento do Ramadã, mês mais sagrado do ano para os islâmicos. Além
dos tradicionais cantos de guerra, pedindo “Morte a Israel”, foi
declarado que destruir o Estado judeu é “a principal prioridade do mundo
muçulmano”.
Diversas bandeiras israelenses e americanas foram queimadas em sinal de
protesto. Também havia muitas bandeiras da Palestina e palavras de ordem
pedindo “Palestina Livre”.
Os líderes iranianos que participaram dos comícios também pediram a
união entre grupos pró-palestinos contra o governo israelense, anunciou a
Agência de Notícias Tasnim, do Irã.
As milhares de pessoas que foram às ruas viram desfiles da Guarda
Revolucionária do Irã, que fez a exibição de três mísseis balísticos de
superfície a superfície, incluindo o Zolfaghar, usado recentemente para
bombardear a Síria, a mais de 600 quilômetros e distância.
Outro míssil presente foi o Ghadr, capaz de atingir um raio de 2.000
quilômetros, que poderia alcançar as bases do EUA na região e chegar até
Israel.
Durante seu discurso, o presidente iraniano, Hassan Rouhani, disse que
Israel apoia “terroristas na região”. Já o parlamentar Ali Larijani,
chamou Israel de “mãe do terrorismo” e que em todo o século 20, “não
houve nenhum evento mais ameaçador do que estabelecer o regime
sionista”.
Chamou atenção a inauguração de um enorme cronômetro na Praça Palestina
de Teerã. Em modo de contagem regressiva, o display digital indica que
Israel deixará de existir em 8.411 dias. Ele parece refletir a promessa
do líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, que até 2040 o Estado
de Israel seria destruído.
Dia de Al Quds no Brasil
Embora com menor expressão, nos últimos dias ocorreram marchas em celebração ao Dia de Al Quds também em Londres, Berlim e Toronto,
onde a maioria dos participantes era muçulmano, mas também havia
pessoas ligadas a movimentos de esquerda, contrários a Israel.
No Brasil não ocorreram manifestações públicas, mas o Partido dos
Trabalhadores promoveu uma audiência pública da Comissão de Direitos
Humanos e Minorias (CDHM), para marcar a data.
A reunião, presidida pela vice-presidente da CDHM, deputada Erika Kokay
(PT-DF), contou com a presença do embaixador do Irã, além de entidades
“defensoras da causa palestina”.
Com informações de Times of Israel
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