segunda-feira, 3 de julho de 2017

Prova Histórica da existência de Jesus

Muitos céticos, agnósticos e ateus questionam a veracidade de Jesus à luz da história. Se Jesus realmente não existiu, não há qualquer razão para ser cristão. De fato, o Cristianismo poderia ser considerado um belo modelo de conduta moral, mas totalmente falso, pregando o amor àquele que não existe, que alguém que nunca existiu deu a vida por nós e que nunca houve sua ressurreição dos mortos. Assim sendo, tudo aquilo que envolve expiação pelos pecados, salvação e justificação pela fé seria completamente aniquilado.

Por outro lado, se Jesus realmente existiu, já temos um primeiro importante passo para a veracidade da fé cristã. Isso provaria que os apóstolos não inventaram uma história em torno de Jesus Cristo. Que alguém realmente acreditou ser o Verbo encarnado, que se fez homem, que habitou entre nós, que morreu e que – pelo menos de acordo com esses discípulos – teria ressuscitado dos mortos. Mas os ateus têm base histórica para negar a existência de Jesus?

Não, eles não têm. Alguns citam um texto falsamente atribuído ao papa Leão X, que teria dito:

“A fábula de Cristo é de tal modo lucrativa que seria loucura advertir os ignorantes de seu erro”
Essa frase é espalhada aos montões pelos sites ateus, como se fosse verdadeira. Na verdade, ela não passa de uma falsificação descarada, que sites sem um mínimo de credibilidade repassam sem nem ao menos citarem a fonte, porque ela não existe. Os poucos que citam alguma fonte mostram como sendo da 14ª edição da Enciclopédia Britânica, volume 19, página 217. Essas páginas não sónão mencionam a tal citação, como nem mesmo aparecem no volume do artigo do papa Leão X!

A verdade por detrás dessa falsa citação que circula nos sites ateus é que ela foi feita por John Bale, que era um dramaturgo e satírico do século XVI. Ele escreveu muitas paródias, dentre elas uma obra satírica chamada de O Cortejo dos Papas, que é a verdadeira fonte da citação em questão. James Patrick Holding, em seu artigo intitulado: “Será que o papa Leão X realmente disse que Cristo era uma fábula”, elaborou cinco pontos simples que nenhum ateu que cita esse texto é capaz de responder:

 Quando é que Leão X fez esta declaração? (o ano é suficiente)

 Para quem fez este comentário, e quem ouviu?

 Qual era o contexto que levou Leão fazer esta afirmação?

 Em que documentos que aqueles que o ouviram as relatou?

5º Em que obras contemporâneas tudo isso é relatado?

A verdade é que, na inexistência de declarações históricas que contestem a existência de Cristo ou que atestem alguma farsa em torno da “criação” de um “mito” chamado Jesus, eles precisam desesperadamente apelar para a falsificação de textos. Isso porque a verdade histórica é incontestável: Jesus Cristo realmente existiu. E é isso o que veremos a partir de agora, citando autores não-cristãos que viveram no primeiro século e testemunharam da existência de Jesus Cristo.


• Flávio Josefo (37 – 100 d.C)

Josefo foi o mais importante historiador judeu do século I, e seus escritos são bastante utilizados nas mais diversas áreas que envolvem a história daquela época, mais especialmente à guerra entre Jerusalém e Roma em 70 d.C, narrada por Josefo com detalhes. Como judeu e historiador, ele não deixou de expor aquilo que notoriamente ocorreu na Palestina pouco antes de ele nascer: o homem chamado Jesus. Vejamos alguns trechos de seu texto mais conhecido e analisemos com outras cópias encontradas:“Naquela época vivia Jesus, homem sábio, se é que o podemos chamar de homem. Ele realizava obras extraordinárias, ensinava aqueles que recebiam a verdade com alegria e fez-se seguir por muitos judeus e gregos. Ele era o Cristo. E quando Pilatos o condenou à cruz, por denúncia dos maiorais da nossa nação, aqueles que o amaram antes continuaram a manter a afeição por ele. Assim, ao terceiro dia, ele apareceu novamente vivo para eles, conforme fora anunciado pelos divinos profetas a seu respeito, e muitas coisas maravilhosas aconteceram. Até a presente data subsiste o grupo dos cristãos, assim denominado por causa dele”[1]

Alguns ateus, na inexistência de qualquer contra-argumento satisfatório a este texto, afirmam que ele foi simplesmente falsificado, e que essa descrição de Jesus não passa de mera interpolação feita por algum escriba cristão primitivo. Ocorre, contudo, que a obra de Josefo nem cristã era. Josefo era judeu, não cristão. Sua obra não estava na posse dos cristãos com exclusividade. Elas eram dirigidas à comunidade judaica da Mesopotâmia, escritas em língua aramaica, posteriormente traduzida em outros idiomas.
Como é, então, que os judeus não-cristãos da Mesopotâmia (a quem suas obras eram dirigidas) iriam falsificar a obra de Josefo colocando o nome de Jesus ali? O que é que eles ganhariam com essa falsificação, se eles não eram cristãos? Ora, como todo escrito antigo, temos diversas cópias (manuscritos) da obra de Josefo, nas mais diversas línguas. Mas em nenhuma delas vemos a omissão da descrição de Jesus!
Se os judeus, para quem sua obra foi endereçada, não iriam fazer cópias falsificadas de seus escritos colocando Jesus ali (já que eles não teriam nada a ganhar com isso), então onde estão as cópias dos manuscritos judaicos de Josefo que omitem a menção a Jesus? Esperaríamos encontrar muitas delas, provavelmente a maioria, mas, ao invés disso, não encontramos nada!

Além disso, eruditos como Harnack, C. Burkitt e Emery Barnes, após longos e minuciosos estudos estilísticos e filológicos da obra de Josefo, afirmaram que o texto de Josefo sobre Jesus é autêntico em sua totalidade. Até mesmo quando os escribas traduziam sua obra para outros idiomas e tinham o “pé atrás” quanto a uma citação tão explícita sobre Jesus, eles não omitiam toda a passagem, mas a simplificavam. É por isso que o texto árabe da obra de Josefo diz:

“Naquela época vivia Jesus, homem sábio, de excelente conduta e virtude reconhecida. Muitos judeus e homens de outras nações converteram-se em seus discípulos. Pilatos ordenou que fosse crucificado e morto, mas aqueles que foram seus discípulos não voltaram atrás e afirmaram que ele lhes havia aparecido três dias após sua crucificação: estava vivo. Talvez ele fosse o Messias sobre o qual os profetas anunciaram coisas maravilhosas”
“Nesse tempo vivia um sábio chamado Jesus. Comportava-se de uma maneira correta e era estimado pela sua virtude. Muito foram os que, tanto Judeus como pessoas de outras nações, se tornaram seus discípulos. Pilatos condenou-o a ser crucificado e a morrer. Mas aqueles que se tinham tornado seus discípulos não deixaram de seguir a sua doutrina: contaram que ele lhes tinha aparecido três dias depois da sua crucifixão e que estava vivo. Provavelmente ele era o Messias sobre quem os profetas contaram tantas maravilhas”

Portanto, vemos que até mesmo quando traduzida por escribas em outros idiomas e por outros povos, que não eram cristãos e não tinham nada a ganhar falsificando um texto para provar a existência de Jesus, ainda assim vemos a existência histórica de Jesus Cristo sendo confirmada irrefutavelmente.
de Emmanuel Dijon

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